Comunicado do Comite Central da FRETILIN
FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
COMITÉ CENTRAL
FRETILIN
COMITÉ CENTRAL
COMUNICADO
Compatriotas!
Buiberes e Mauberes!
O sucesso das eleições que se avizinham dependem, mais uma vez, da capacidade de liderança dos líderes políticos e espirituais timorenses. Mais do que nunca se exige dos líderes capacidade de discernir.
O calendário eleitoral não podia ter sido o mais feliz. Pois, concluimos toda a nossa campanha numa sexta-feira que é santa para a maioria católica e cristã.
A FRETILIN, consciente da fé da maioria dos seus militantes e simpatizantes, e do povo em geral decidiu abster-se de fazer campanha hoje, sexta-feira santa e dar início à reflexão que terminará no domingo de Páscoa.
Nos últimos dois dias voltamos a assistir, aqui e acolá, alguma violência. Cidadãos nossos, comemorando a festa da democracia, sofreram agressões de toda a ordem. Cerca de quarenta militantes da FRETILIN deram baixa no hospital de Dili, de Gleno e de Baucau. Acreditamos que possa haver também cidadãos filiados noutros partidos, ou sem filiação, vítimas desta violência. Lamentamos que isso tenha acontecido. Desejamos a todos rápidas melhoras.
Em nome do Comité Central e, como Presidente e Secretário-Geral da FRETILIN, condenamos todo o tipo de violência contra qualquer cidadão, independentemente da sua filiação político-partidária.
Os militantes da FRETILIN têm sabido demonstrar a sua maturidade nos últimos dez meses de crise, respondendo à violência com um elevado grau de tolerância e contenção. Vamos manter esta nossa postura. Acreditamos na democracia e no voto de todo o nosso povo. A violência é arma daqueles que não querem a democracia. Por isso não respeitam as suas regras.
No limiar da campanha e, aproveitando os dias santos, apelamos a todo o povo para uma reflexão profunda sobre a importância da Paz e da Estabilidade. É o momento de reforçar a fé mas também de tornar a vossa/nossa vontade num acto esclarecido. A harmonia nas nossas vidas situa-se no equilibrio entre a fé e a vontade. Uma não pode ser usada para desviar a outra do seu caminho normal. E caminho normal é o do respeito pelas opções livremente assumidas por cada cidadão ou cidadã. Vamos estar atentos para que a nossa vontade não seja usada para nos desviar da nossa fé. Tampouco não devemos permitir que a nossa fé seja usada para ofuscar a nossa vontade.
Em democracia, o voto é um acto assumido conscientemente. Vamos todos votar com a plena consciência de que estamos a exprimir a nossa própria vontade, e não a dos outros.
Pela Democracia, Paz e estabilidade,
A LUTA CONTINUA!
Tolerância Máxima, Vigilância Total!
Dili, 6 de Abril de 2007
Pel’ O Comité Central da FRETILIN
________________________________
Francisco Guterres (Lu-Olo)
Presidente
________________________________
Mari H. Alkatiri
Secretario-Geral